Olá gente!
É com muito prazer que anunciamos nossa entrevista com o diretor e roteirista Marco Rodrigues.
O Marco trabalha num projeto social com crianças em São Vicente, o CER, e foi o diretor do videoclipe 'Até o Fim' da Fantine Thó. Atualmente trabalha na produção de um outro videoclipe dela (Vai).
Abaixo, vocês podem conferir nossa primeira entrevista! ;)
Mundo Rouge: Marco, ao longo de sua carreira é
possível notar uma preocupação na conscientização das pessoas acerca de
diversas questões sociais. Como surgem essas ideias defendidas e propagadas em
suas produções?
Marco Rodrigues: Elas acontecem. Sabe quando você busca
uma coisa, e quando a encontra percebe um leque de “coincidências” ao redor? É
mais ou menos assim!
Mundo Rouge: Atualmente, quais os maiores desafios
encontrados pelos profissionais na área de comunicação?
Marco Rodrigues: O principal desafio é a auto
superação, no meu ponto de vista. Hoje em dia é possível com R$10.000,00
comprar uma ótima câmera, um jogo de lentes e luzes necessária para um bom
trabalho. Ou seja, qualquer um pode. Aí, quem é profissional, tem que entrar
com tudo na arte para se diferenciar.
Mundo Rouge: Você foi diretor e roteirista do videoclipe
Até o Fim (2011), interpretado pela Fantine
Thó (ex-integrante do grupo Rouge). Pode nos contar como foi a experiência de
fazer este trabalho com ela?
Marco
Rodrigues: Foi uma
experiência inesquecível e maravilhosa. Trabalhar com a Fantine, pra quem está
começando a carreira, é uma verdadeira aula de profissionalismo. Durante as
gravações ela foi super solícita, dialogamos muito sobre o conteúdo do clipe. E
ainda tem o outro lado, que é o de fã né? (rsrs) Falando por esse lado, posso
dizer que quando somos fã de alguém costumamos idealizar essa pessoa, através
do que vemos dela na mídia. Quando conheci a Fantine, vi a personificação dessa
idealização.
Mundo Rouge: O videoclipe citado na última
pergunta foi indicado ao Festival Santista de Curtas Metragens, o Curta Santos.
Você esperava tamanho reconhecimento e que este trabalho tomaria tais
proporções?
Marco Rodrigues: Olha, quando o trabalho foi tomando
forma, a gente começou a esperar que ele tomasse alguma proporção. Qual seria
essa proporção é que não dava para imaginar. Alcançamos um resultado muito
positivo com o clipe. Pô, imagina um grupo de universitários, fazendo um
trabalho pra faculdade que para no site da MTV? Agora um alcance que eu não
poderia esperar que tomasse foi de eu estar no ônibus com um colega,
conversando a respeito do clipe, e de repente uma moça que estava no banco de
trás falou “Desculpa por atrapalhar a conversa, mas eu já vi esse clipe, e ele
é muito bom”. Por eu ser diretor, imaginei que quem colheria esse frutos seriam
a Fantine e as famílias que aparecem no clipe.
Mundo Rouge: Várias de suas produções refletem sua
experiência no CER (Centro Educacional e Recreativo) na cidade de São Vicente.
Entre elas Aluno Novo (2010) e Uma Outra Canção (2011). Em Até o Fim (2011), por exemplo, foi
tratada a questão do autismo, desordem que dificulta o desenvolvimento no
relacionamento social de crianças. Como se deu a recepção dos pais de autistas e
da comunidade em geral no tocante a essa abordagem?
Marco Rodrigues: Uma recepção maravilhosa. No CER eu
fiz três curtas: CRESCER, que fala sobre deixar a infância para ser
adolescente, e deixar
adolescência para ser adulto; ALUNO NOVO, que fala sobre os medos pertinentes
às crianças, e UMA OUTRA CANÇÃO, que é sobre o reflexo das drogas em uma
criança. Sempre me interessei pela idéia de contar uma história através das
crianças. Em ATÉ O FIM eu tive o desafio de um documentário, de lidar com
crianças reais. E todos os pais ajudaram muito nisso. O mais legal é que teve
crianças que acabaram não entrando no clipe, mas que mantenho contato com as
famílias até hoje. Sem contar a repercussão positiva que teve também em outras
famílias, que depois dão o retorno através de mensagens de agradecimento e de
carinho. Acho que acabamos juntando um grupo de pessoas reunidas pelo mesmo
ideal, e sempre que isso acontece é muito valioso.
Mundo Rouge: Ainda no início de sua carreira você
se envolveu com o teatro e fez apresentações de espetáculos de magia. Quais as
suas melhores lembranças dessa época? De que forma ela colaborou na sua
formação atual?
Marco Rodrigues: As lembranças são as melhores, das
duas épocas. Ao teatro já dedico um pouco mais de metade da minha vida. Na
época eu tinha toda aquela bomba atômica que tem dentro da cabeça de uma
criança de 11 anos, e o teatro foi onde eu pude explodi-la! Já a mágica foi a
que trouxe profissionalismo. Éramos um grupo de mágicos, chamado “Clube dos
Magos”. Nos apresentávamos em diversas cidade do estado de São Paulo, fazendo
shows onde cada mágico representava uma vertente da magica. O grupo acabou,
porque nos tornamos adultos. Vieram responsabilidades como casa pra sustentar e
família para bancar, e em grupo ainda não tínhamos esse retorno financeiro
todo. O grupo está completando 7 anos, e conversamos sobre um dia montarmos um
show juntos, para matar a saudade!
Mundo Rouge: Quais são seus próximos projetos
profissionais?
Marco Rodrigues: Nesse momento estou trabalhando com
dois amigos, Fabiana Conway e Eduardo Ferreira (que também trabalharam em Até o
Fim) em suas produções. Em paralelo a isso, estou abrindo minha produtora, a
“Casa Velha Filmes”, e finalizando alguns trabalhos, entre eles o videoclipe de
“VAI”, da Fantine também.
Mundo Rouge: Agradecemos a sua participação ao
conceder esta entrevista. Através dela foi possível conhecer mais sobre você e
sua ocupação. Pedimos então que você deixe uma mensagem final para os leitores
do blog.
Marco Rodrigues: Gostaria de agradecer ao carinho e
receptividade que eu e o videoclipe ATÉ O FIM recebemos de vocês. Espero que
essa nossa parceria dure por muito e muito tempo! Grande abraço a todos, e
parabéns à galera do Mundo Rouge pelo blog!
Super legal a entrevista né?
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